Redes sociais podem provocar desgaste emocional e exposição desnecessária de crianças e adolescentes
As redes sociais estão a cada dia mais presentes na vida das pessoas. Com o passar dos anos, cada vez mais cedo crianças e adolescentes têm tido acesso a esses meios digitais. Mas até quando esse aspecto é positivo para a criação dos filhos?
Para o psicanalista Dr. Francisco Almeida, as redes sociais são responsáveis por grandes conflitos emocionais e expõem crianças e adolescentes a situações para as quais eles não estão totalmente preparados.
“Crianças e adolescentes são os que mais utilizam as redes sociais, porque já nasceram nesse universo virtual. Nós adultos sabemos que não somos desse universo, nós entramos depois. Mas crianças e adolescentes têm uma dependência mais forte e se expõem mais, são mais atingidos e afetados pelas redes sociais. Nós sabemos que elas trazem algo extremamente agressivo, violento e com grande capacidade de devastação da estrutura mental e emocional de nossos filhos”, explicou o especialista.
Os pais são um fator importante nesse processo de construção da estrutura emocional dos filhos. Eles são responsáveis por desenvolver nas crianças e adolescentes a capacidade de ser resiliente e de ser forte para enfrentar os impactos da vida. Ter tempo para os filhos é fundamental.
“Os pais precisam estar atentos, estudar, dedicar tempo em construir em seus filhos uma estrutura emocional forte, que seja capaz de resistir aos impactos que fazem parte de nossa existência. As redes sociais são divertidas, são interessantes e agradáveis, mas elas devem ter a importância que merecem. Elas merecem a menor parte do seu tempo. Às vezes os pais estão em casa, mas também estão no celular, no Instagram no Facebook, vendo vídeos no Youtube, o problema está em não dar atenção aos filhos, de não curtir os momentos em que estão com eles em casa, esses momentos são raros devido à ocupação. Mas é preciso ter tempo para os filhos, assistir um filme, brincar um pouco”, disse Dr. Francisco.
Para o psicanalista, apenas após os 12 anos de idade os filhos podem ter acesso a um smartphone, idade em que ele terá certo entendimento do uso desses equipamentos, mas sempre com a supervisão dos pais ou responsáveis.
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