Idosa que morreu após rompimento de reservatório da Cagepa, em Campina Grande, estava acamada e tinha uma doença degenerativa

A idosa Maria do Socorro Leal Teixeira de Araújo, de 62 anos, morreu na manhã deste sábado (8) após o rompimento de um reservatório de água no bairro da Prata, em Campina Grande. O acidente destruiu três casas, danificou outras três e deixou duas pessoas feridas.

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Maria do Socorro estava acamada devido à Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa. Ela estava no quarto quando a força da água invadiu a residência. A informação foi confirmada por Dionísia Pereira, prima da vítima, em entrevista à TV Paraíba.

Segundo Dionísia, na casa estavam três pessoas, entre elas a cuidadora da idosa. Com o impacto, a estrutura da residência cedeu rapidamente.

“A casa dela ficou toda arriada. Eu já me preocupando e perguntando: ‘cadê Socorro?’. Aí o filho dela falou: ‘a água levou mainha, mainha tá falecida’. Foi um desespero para saber também dos vizinhos, das outras casas”, relatou.

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Feridos e resgate

De acordo com o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande, um homem e uma mulher de 50 anos sofreram ferimentos nos pés e estão em estado estável.

O médico do Samu, Ismael Kim, informou que as vítimas foram retiradas pelos bombeiros sem lesões graves. Já o corpo da idosa precisou aguardar a liberação da Defesa Civil devido ao risco de mais desabamentos.

“Uma tragédia. Parecia cena de filme, muitas casas destruídas”, disse o médico.

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Rompimento e destruição

O reservatório rompeu no início da manhã, liberando grande volume de água que arrastou veículos e atingiu várias casas próximas. Bombeiros, Defesa Civil e Polícia Civil foram acionados imediatamente.

A Cagepa informou, em nota conjunta com o Governo da Paraíba, que lamenta profundamente o acidente e que as causas do rompimento estão sendo apuradas. A empresa disse ter enviado equipes técnicas e de assistência à área.

O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), declarou que o reservatório não apresentava qualquer sinal de risco antes do acidente. 

Segundo João Azevêdo, o equipamento era acompanhado rotineiramente pela Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa), responsável pelo sistema.

“Essa manutenção é diária, é permanente. Não há nenhum relatório em que aquele reservatório apresentasse, até o momento, qualquer risco para a população. Não houve nenhuma sinalização. Quando uma estrutura dá sinais de rompimento, vários indícios aparecem, e ali não foi o caso”, afirmou o governador.

 

 

 

 

 

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Ele destacou que não havia registros de infiltrações, vazamentos ou fissuras que indicassem falhas estruturais.

• VEJA TAMBÉM - Governador João Azevêdo afirma que reservatório que rompeu em Campina Grande passava por manutenção regular e não apresentava riscos

Bairros sem água e energia

A força da água comprometeu a rede de abastecimento, deixando 40 bairros de Campina Grande, além dos municípios de Lagoa Seca, Lagoa de Roça, Areial e Montadas, temporariamente sem água. A Cagepa afirmou que trabalha para restabelecer o serviço ainda neste sábado.

A Energisa também confirmou que o rompimento causou danos complexos à rede elétrica, exigindo desligamento emergencial na área atingida. O fornecimento foi restabelecido na maior parte da cidade com religamento automático, enquanto equipes atuam na normalização total.

As investigações sobre as causas do acidente seguem em andamento, enquanto moradores contabilizam prejuízos e pedem respostas sobre as condições do reservatório que se rompeu.

Por Patos Online
Com informações do g1 PB