Em entrevista à Rede Diário do Sertão, o engenheiro civil Fernando Figueiredo explicou que as manobras de liberação de água do Rio São Francisco para o Rio Grande do Norte não representam risco para os reservatórios do Sertão da Paraíba, como os açudes de Boqueirão de Piranhas e São Gonçalo.
A declaração ocorre em meio a um movimento que planeja interditar a BR-230, entre Cajazeiras e Sousa, no dia 5 de setembro, em protesto que reivindica não apenas a captação, mas também a reposição hídrica no açude Engenheiro Ávidos (Boqueirão de Piranhas).
Segundo Figueiredo, a preocupação da população sobre um possível esvaziamento dos mananciais é infundada, uma vez que o Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) foi concebido para interligar bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional, garantindo perenização de rios intermitentes, e não para abastecer açudes específicos.
“Faz total sentido ir para o Rio Grande do Norte. Não foi uma Transposição para o Açude de Engenheiro Ávidos, não foi para o Açude de São Gonçalo, foi uma Transposição de integração das bacias”, destacou o engenheiro.
As águas do São Francisco chegaram ao Rio Grande do Norte no último dia 14 de agosto, seguindo um trajeto de 412 km, dentro de uma operação regulamentada. O planejamento prevê a entrega de 46,3 milhões de metros cúbicos de água ao estado potiguar ao longo de 132 dias, com uma vazão média de 4,06 m³/s, destinados a reforçar os reservatórios de Oiticica e Armando Ribeiro Gonçalves.
O esclarecimento busca reduzir a tensão em torno do protesto anunciado e reforça o caráter regional e estratégico do PISF, que tem como finalidade ampliar a segurança hídrica em toda a região Nordeste.
Por Patos Online
Com informações do site Coisas de Cajazeiras
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