A criança de seis anos que foi atropelada por um policial militar reformado na última segunda-feira (4), em Campina Grande, precisou passar por uma amputação da perna direita nesta terça-feira (12). O procedimento foi realizado no Hospital de Emergência e Trauma da cidade.
Segundo a médica cirurgiã vascular Rayssa Soares, responsável pelo acompanhamento, a amputação foi necessária devido a um quadro de isquemia irreversível — quando há redução ou interrupção do fluxo sanguíneo. “Foi identificada uma piora da isquemia, até o ponto em que ela se tornou irreversível. Optamos por uma técnica que permita acompanhar o crescimento do membro da criança”, explicou.
A médica informou ainda que a outra perna da menina, que sofreu fraturas, segue em observação e, por enquanto, não apresenta necessidade de cirurgia. Após o procedimento, a paciente foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde está sob cuidados das equipes de ortopedia, cirurgia vascular e pediatria. Não há previsão de alta.
O atropelamento ocorreu por volta das 21h da segunda-feira (4), na comunidade Vila Cabral de Santa Rosa, em Campina Grande. Conforme a Polícia Militar, o suspeito apresentava sinais de embriaguez.
O homem foi localizado na casa da irmã, na mesma comunidade, e alegou que deixou o local do acidente porque temia ser agredido por moradores, que chegaram a apedrejar o veículo. Ele confessou ter ingerido bebida alcoólica, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro.
O policial militar reformado afirmou que realizava um serviço de encanamento na casa da irmã e, ao sair dirigindo, o carro teria perdido os freios em uma ladeira, atingindo a criança.
Preso em flagrante, o suspeito foi levado para a Central de Polícia e passou por audiência de custódia. De acordo com a Polícia Civil, ele responderá por lesão corporal.
Por Patos Online
Com g1 PB
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