A rotina de quem acompanha pacientes internados no Hospital de Clínicas de Campina Grande, no Agreste da Paraíba, tem sido marcada por dificuldades relacionadas à alimentação. Em um desabafo enviado ao Patos Online na última segunda-feira (21), uma mãe relatou a situação enfrentada por acompanhantes no hospital, apontando longos períodos sem refeição, o que tem gerado mal-estar e até episódios de fraqueza física entre os presentes.
“A gente toma café cedo, entre seis e sete da manhã, depois só vem o almoço por volta de meio-dia e meia ou uma hora. Depois disso, só a janta, às oito e meia da noite”, contou a mulher, que passou quatro dias internada com a filha na unidade hospitalar. Segundo ela, a alimentação fornecida pelo hospital se limita a três refeições por dia e os intervalos de quase oito horas entre o almoço e o jantar têm prejudicado os acompanhantes.
A mãe relata que a situação não seria isolada: “Todas as mães estavam reclamando. Uma delas chegou a passar mal de tanta fome. Quem tem dinheiro, até consegue comprar algo. Mas e quem não tem? Tem que esperar", questionou.
A presença desses acompanhantes é fundamental no cuidado dos pacientes, especialmente no caso de crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida.
A reportagem não conseguiu contato com a direção da unidade hospitalar, mas deixa o espaço aberto para esclarecimentos sobre a atual política de alimentação para acompanhantes, e se há previsão de mudanças para reduzir os intervalos entre as refeições ou oferecer lanches intermediários.
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