Na manhã deste sábado, 21 de junho, motoristas da empresa Expresso Guanabara realizaram uma Assembleia organizada pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores do Sistema de Transporte de Passageiros da Paraíba. A mobilização ocorreu simultaneamente nas portas das garagens da empresa nas cidades de Cajazeiras e João Pessoa, das 8h às 10h, e resultou na aprovação de um indicativo de greve.
Durante o período da Assembleia, os ônibus da empresa foram impedidos de sair das garagens e rodoviárias, provocando uma paralisação temporária do transporte de passageiros em diversas regiões do estado. Ao fim da reunião, os serviços foram retomados e o fluxo de viagens voltou à normalidade.
A principal reivindicação da categoria é um reajuste salarial de 8% para todos os trabalhadores. Além disso, os motoristas também exigem o fim do banco de horas, a concessão de vale-alimentação durante o período de férias e a implantação de um plano de saúde linear, que contemple todos os colaboradores, independentemente do tempo de serviço.
Segundo o presidente do sindicato, Ronne Nunes de Sousa, a Assembleia realizada em Cajazeiras teve como objetivo estadualizar a pauta da categoria. Ele afirmou ao Diário do Sertão que, caso as demandas não sejam atendidas nos próximos dias, uma greve geral poderá ser deflagrada. “Já realizamos duas assembleias com a empresa, uma delas com a presença do Ministério Público do Trabalho, mas a empresa não quer aceitar nem dialogar. A proposta da Guanabara foi de 6,35%, mas o sindicato pede 8%. Não podemos ficar à mercê da empresa. Vamos lutar pelas melhorias da nossa categoria”, declarou.
De acordo com o sindicato, mais de 200 trabalhadores atuam atualmente no setor de transporte rodoviário de passageiros na Paraíba.
Durante a paralisação temporária na manhã deste sábado, passageiros relataram transtornos nos embarques, atrasos em viagens e acúmulo de pessoas em rodoviárias. Após o encerramento da Assembleia, os serviços foram normalizados.
Até o momento, a Expresso Guanabara não se pronunciou oficialmente sobre o indicativo de greve nem sobre as reivindicações apresentadas pelos trabalhadores. O sindicato alerta que, conforme prevê a legislação, o movimento grevista pode ser iniciado em até 72 horas após a publicação do edital.
A mobilização segue sob acompanhamento das autoridades trabalhistas e poderá ter desdobramentos nos próximos dias caso não haja acordo entre as partes.
Por Patos Online
Com informações do Diário do Sertão
Mín. 22° Máx. 31°