Uma bebê de apenas 3 meses de idade, natural da cidade de Sousa, no Sertão paraibano, deu entrada no Hospital de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, na noite desta segunda-feira (9), vítima de agressões ainda sob investigação. A criança, que inicialmente foi atendida no Hospital Regional de Sousa (HRS), precisou ser transferida com urgência em uma aeronave do transporte aeromédico do Estado devido à gravidade do seu estado de saúde.
Segundo informações da unidade hospitalar, a bebê chegou ao hospital por volta das 18h35 com quadro grave, necessitando de reanimação. Ela evoluiu com estado geral crítico, sendo intubada e permanecendo estável do ponto de vista hemodinâmico, mas com risco elevado por conta de um trauma na cabeça.
Na manhã desta terça-feira (10), o médico Lino Lima, responsável pelo acompanhamento do caso, informou que a criança segue internada na UTI pediátrica, sedada, intubada e sob observação médica intensiva. “Essas primeiras 12 a 24 horas são fundamentais para avaliarmos a evolução do edema cerebral, causado pelo traumatismo. Ainda não temos previsão para suspender a sedação”, destacou o médico.
Ainda de acordo com o boletim, embora a bebê não tenha apresentado piora nos sinais vitais, o nível de consciência permanece inalterado, o que preocupa a equipe médica.
O caso está sendo investigado pela Delegacia da Mulher da cidade de Sousa. A principal linha de investigação da Polícia Civil envolve a possibilidade de que a bebê tenha sido agredida pelos próprios pais. Conforme relato da mãe à polícia, durante uma discussão com o companheiro, a filha teria caído no chão. Ela foi ouvida pelo delegado plantonista, Dr. Vicente Honório, e liberada em seguida.
O pai da criança, apontado como suspeito, encontra-se foragido desde o ocorrido. A Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer as circunstâncias do caso e confirmar ou não a versão apresentada.
O caso tem gerado forte comoção na cidade de Sousa e em todo o estado, principalmente diante da tenra idade da vítima e da suspeita de violência doméstica. A população aguarda por respostas enquanto a bebê segue lutando pela vida na UTI pediátrica de Campina Grande.
Por Patos Online
Com informações do Diário do Sertão
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