Dom Aldo participa em Patos do manifesto pela transposição do São Francisco
O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, foi uma das diversas autoridades a fazerem quorum na manifestação ocorrida na manhã de hoje no centro de Patos em prol da transposição da bacia do Rio São Francisco.
O evento, coordenado pelo Comitê da Transposição e Prefeitura Municipal atraiu diversos segmentos, como escolas, igrejas, associações de bairros, UFCG e clubes de serviços. Várias escolas liberaram seus alunos para participarem da manifestação.
Dom Aldo, o qual preside o Comitê pela Transposição, disse que o grande objetivo dessas manifestações que acontecem em todo o Estado é incentivar os gestores públicos para que mobilizem a população em torno do projeto redentor que prevê trazer águas do Velho Chico para suprir as necessidades de abastecimento de muitos municípios.
Mesmo tendo o projeto já aprovado e o canteiro de obras já instalado, diz que precisa do aval, do conhecimento de causa da própria sociedade, já que existe uma turma contrária, que sempre apresenta oposições ferrenhas ao projeto e com mitos, inverdades.
“Nossa luta não é combater ninguém e sim a ignorância e esclarecer a população, mostrar o porquê desse projeto, sua importância para o Nordeste e quem será beneficiado com as águas. A água nos traz, além do bem estar e qualidade de vida, o progresso, o desenvolvimento regional e local”, comentou o arcebispo.
O prefeito de Patos, Nabor Wanderley, disse que a cidade não poderia ficar de fora dessa discussão em torno do projeto do São Francisco e que a meta é colher 40 mil assinaturas do abaixo-assinado que vem percorrendo o Estado da Paraíba, numa forma da população mostrar seu apoio ao projeto.
Explicou que a transposição, com a integração das cinco bacias, Rio Salgado-Jaguaribe (CE), Bacia do Apodi (RN), Bacia do Piranhas(PB)-Açu(RN), Bacia do Paraíba (PE/PB) e as pequenas bacias no estado de Pernambuco, dará mais vida ao semi-árido nordestino, suprindo uma grande defasagem na oferta hídrica para 12 milhões de pessoas.
“Só para se ter uma idéia, não passa de 2,3% o que se pretende retirar das águas que o Rio São Francisco despeja no mar”, comentou Nabor, criticando o egoísmo de algumas pessoas contrárias à transposição.
Nabor fez um retrospecto das secas já enfrentadas pela região, o sofrimento e humilhação do povo para conseguir água de beber, enfatizando que todos devem abraçar essa causa para que a transposição aconteça sem atropelos, dentro do cronograma adotado pelo governo federal.